Fascite Plantar – Esporão?

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1. Introdução

A fascia plantar é um tecido espesso e elástico que se estende da base do osso do calcanhar até as bases das falanges proximais (base plantar dos dedos), cobrindo os ossos do pé como uma fita. Ela age como um ligamento de suporte, ajudando a manter o arco do pé e absorvendo o choque durante a locomoção. Além disso atua como uma mola, armazenando e liberando energia para auxiliar na propulsão do corpo.

Durante atividades físicas, a fascia plantar está sob tensão considerável. Movimentos repetitivos, sobrecarga ou tensão excessiva podem levar à inflamação no calcanhar e irritação da fascia plantar, resultando na fascite plantar, popularmente conhecida como esporão.

Fasciite plantar

2. Causas da Fascite Plantar

Idade e gênero tem influência no desenvolvimento da fascite plantar (é mais comum em mulheres adultas de meia-idade), mas a dor em decorrência dessa inflamação é desencadeada basicamente por um fator: SOBRECARGA!

A questão é que diversos fatores podem gerar essa sobrecarga.

2.1 Uso Prolongado ou Inadequado do Pé

O uso excessivo do pé sem períodos adequados de descanso pode levar à irritação e inflamação da fascia plantar. Isso é especialmente comum em pessoas que ficam em pé por longos períodos no trabalho ou praticam atividades extenuantes sem a devida recuperação.

2.2 Alteração Rápida das Atividades

Aumentar rapidamente a intensidade, duração e/ou frequência das atividades físicas pode colocar uma pressão excessiva na fascia plantar, causando danos e levando à fascite plantar.

2.3 Anatomia e Biomecânica Anormal do Pé

2.3.1 Pés Planos ou Pés Cavos

Indivíduos com pés planos (queda do arco do pé) ou pés cavos (arco excessivamente alto) podem estar mais suscetíveis a desenvolver fascite plantar devido à alteração da distribuição de peso e tensão na fascia plantar.

2.3.2 Desalinhamento Postural

Problemas de alinhamento corporal, como joelhos voltados para dentro ou para fora, escoliose e instabilidade de tornozelo podem causar uma distribuição irregular de peso no pé, aumentando a carga na fascia plantar.

2.4 Outras Causas Relacionadas

2.4.1 Obesidade

O excesso de peso coloca mais pressão nos pés, especialmente no arco e na fáscia plantar, tornando as pessoas obesas mais suscetíveis à fascite plantar.

2.4.2 Condições Médicas

Certas condições médicas, como artrite, diabetes e espondilite anquilosante, podem aumentar o risco de desenvolver fascite plantar.

2.4.3 Calçados Inadequados

Usar sapatos sem suporte adequado ou com sola desgastada pode alterar a biomecânica do pé, colocando mais estresse na fascia plantar e contribuindo para o desenvolvimento da fascite.

2.4.4 Encurtamento Muscular

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O encurtamento da chamada cadeia posterior é o principal fator desencadeante da fascite plantar. Ele, que vem do sedentarismo, gera uma alteração na biomecânica da pisada e por conseguinte uma maior sobrecarga no calcâneo.

Causas fasciite plantar

Compreender esses fatores de risco e causas da fascite plantar é fundamental para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz dessa condição debilitante.

3. Sintomas da Fascite Plantar

Os sintomas da fascite plantar são clássicos: dor, sensação de rigidez e dificuldade de mobilidade

Pessoas com fascite plantar frequentemente experimentam dor no calcanhar, sensação de rigidez com dificuldade para movimentar-se após períodos de descanso prolongado, como ao levantar-se pela manhã ou após ficar sentado por um tempo. Esses sintomas geralmente diminuem com o movimento, mas podem retornar após períodos de inatividade.

Reconhecer e avaliar esses sintomas é fundamental para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Se você está enfrentando dor persistente no calcanhar ou arco do pé, é altamente recomendável procurar a orientação de um profissional de saúde especializado.

4. Diagnóstico da Fascite Plantar

O diagnóstico preciso da fascite plantar é crucial para iniciar um plano de tratamento eficaz e aliviar os sintomas. O ortopedista emprega uma combinação de histórico do paciente, exame físico e testes diagnósticos específicos para confirmar a presença da fascite plantar e, principalmente, seu fator desencadeante.

Dor no calcaneo

 4.1 Histórico do Paciente e Exame Físico

O ortopedista iniciará o diagnóstico entrevistando o paciente para entender a história da dor e outros sintomas. Isso inclui quando a dor começou, sua intensidade, localização e fatores que agravam ou aliviam. O histórico também investigará atividades físicas e ocupacionais que possam estar relacionadas à fascite plantar.

Após a entrevista, o profissional realizará um exame físico minucioso, avaliando a sensibilidade na área afetada, a amplitude de movimento do pé, a presença de pontos de dor específicos e a análise da marcha e postura.

4.2 Exames Diagnósticos

Os exames de imagem (radiografias, ultrassonografia e ressonância) podem ser pedidos por diversos motivos:

– fazer o diagnóstico em si

– avaliar o formato dos pés e/ou desvios de eixo

– buscar por diagnósticos diferenciais, como a neuropatia de Baxter, fraturas por estresse, síndrome do túnel do tarso, radiculopatia lombar, tendinopatia, fibromatose plantar e tumor

– monitorar a progressão

No consultório, inclusive, o Dra. Ticiane consegue fazer o exame de ultrassonografia na hora, o que é suficiente para o diagnóstico e pode auxiliar na avaliação da progressão.

4.3 Avaliação da Musculatura, Postura e Marcha

A análise do possível encurtamento muscular, da postura e da marcha é fundamental para entender as anormalidades biomecânicas que podem contribuir para a fascite plantar.

Com base nos resultados dessas avaliações e testes diagnósticos, a Dra Ticiane Roim poderá confirmar o diagnóstico de fascite plantar e criar um plano de tratamento personalizado.

5. Tratamento da Fascite Plantar

O tratamento da fascite plantar visa aliviar a dor, reduzir a inflamação, promover a recuperação da fascia plantar e, principalmente, corrigir o fator desencadeante. Caso contrário o quadro irá se perpetuar.

 Geralmente, é um processo gradual que pode incluir abordagens conservadoras, intervenções médicas e, em casos raros, procedimentos cirúrgicos.

Esse processo pode incluir:

  1. Fisioterapia
  2. Exercícios de alongamento
  3. Adequação dos calçados
  4. Palmilhas
  5. Programa de emagrecimento
  6. Medicações
  7. Infiltrações                   
  8. Terapia por onda de choque
  9. Cirurgia

Para qualquer um deles a Dra Ticiane Roim está capacitada e indicar e/ou realizar.

Alongamento para fasciite plantar

6. Estratégias de Prevenção

Prevenir a ocorrência da fascite plantar é fundamental para manter a saúde dos pés e evitar desconforto e dor associados a essa condição. Incorporar práticas preventivas no estilo de vida pode ser altamente benéfico.

6.1 Acompanhamento Médico

Consultar regularmente um ortopedista especializado em pé e tornozelo é crucial para avaliar a saúde dos pés e identificar qualquer problema biomecânico ou estrutural que possa predispor à fascite plantar. Um acompanhamento médico preventivo permite a intervenção precoce e o tratamento adequado, se necessário.

6.2 Prática de Exercícios Segura e Equilibrada

Incorporar exercícios de fortalecimento e alongamento para os músculos dos pés, panturrilhas e pernas em sua rotina pode ajudar a manter a flexibilidade, estabilidade e força dos membros inferiores. Certifique-se de aumentar gradualmente a intensidade e a duração dos exercícios para evitar sobrecarga.

6.3 Escolha do Calçado Adequado

Utilizar calçados apropriados e confortáveis é vital para a prevenção da fascite plantar. Escolha sapatos que ofereçam suporte adequado ao arco, amortecimento eficaz e uma distribuição uniforme do peso. Evite usar calçados planos por longos períodos e troque de sapatos regularmente.

6.4 Estratégias de Recuperação e Descanso

Dê ao seu corpo tempo para se recuperar após atividades físicas extenuantes. O descanso adequado é crucial para permitir que os tecidos se reparem e evitem o excesso de estresse na fascia plantar. Além disso, alternar períodos de atividade com períodos de repouso é essencial.

6.5 Controle do Peso Corporal

Manter um peso corporal saudável reduz a pressão e a tensão nos pés, especialmente na fascia plantar. Uma dieta equilibrada, juntamente com atividade física regular, pode ajudar a controlar o peso e contribuir para a prevenção da fascite plantar.

Ao adotar e manter essas estratégias de prevenção, você pode reduzir significativamente o risco de desenvolver fascite plantar e desfrutar de uma vida ativa e livre dessa dor.

7. Conclusão

Este guia abrangente sobre fascite plantar oferece informações essenciais para entender, diagnosticar, tratar e prevenir essa condição. Se você está enfrentando sintomas de fascite plantar, é fundamental procurar um ortopedista especializado para um diagnóstico e tratamento adequados.

8. Adendo Final

Por último, mas não menos importante, uma consideração que não poderia passar em branco: o esporão existe, mas ele não causa dor nem é o motivo da fascite.

Quer saber mais? Marque uma consulta que a doutora terá o maior prazer em conversar, lhe examinar e explicar essa e outras questões.

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